Especial Avenged Sevenfold no Brasil: São Paulo

Em sua quinta passagem pelo Brasil, o Avenged Sevenfold comanda uma gama de fãs infinitamente maior do que a existente na primeira vinda ao país, em 2008, e provavelmente essa seja a tônica deste especial sobre a Hail To The King Tour. Nesse especial, nós abrimos espaços para os fãs expressarem todo o seu amor por esses músicos que ficarão eternamente na memória – na nossa e na do cenário musical. Seja bem-vindo(a) ao mês da HTTK Tour no Brasil: se você não tinha planos para março, convidamos você a acompanhar o Especial HTTK Tour e a cobertura da turnê que, você sabe, só poderia ser do Deathbat Brasil!

São Paulo. Podemos comparar a ansiedade que estamos para ver o Avenged Sevenfold ao vivo a um eclipse solar. Quando a mídia veicula tal notícia, o público fica ligado e se prepara parar assistir a esse fenômeno. Porém, há uma recomendação: nunca olhe diretamente para o eclipse, pois a luminosidade do sol pode causar danos permanentes aos olhos. Mesmo com esse risco, nos posicionamos na janela no horário determinado de ocorrência para assistir de camarote algo tão inusitado. E é assim que nos sentimos quando, no final de setembro de 2013, após o Rock In Rio, M. Shadows gravou um vídeo exclusivo para os fãs brasileiros prometendo que voltaria em breve. Alucinados, os fãs faziam campanhas nas redes sociais implorando para que a banda voltasse logo ao país, realizando o sonho dos admiradores, que não puderam comparecer a tal festival de música, de largarem a internet e poderem ir pessoalmente a uma apresentação. Para quem já veio ao Brasil quatro vezes (2008, 2010, 2011 e 2013), vir uma quinta seria moleza.

Concorra à ingressos para assistir o A7X em São Paulo e um kit autografado

Finalmente, no começo de fevereiro de 2014, o sonho se tornou realidade: cinco cidades foram inclusas na Hail To The King Tour. São Paulo, claramente uma das preferidas do quinteto, ficou com o dia 12 de março no Espaço das Américas. E qual a relação desse fato com um eclipse solar? A mídia anunciou, nós nos posicionamos. Nós nos empolgamos. Nós surtamos com outros fãs que surtaram com outros e assim sucessivamente. Nós nos preparamos, repassamos a informação para outras pessoas e, mesmo correndo um risco – o de falirmos financeiramente –, contamos os segundos para adquirir os ingressos à 0h do dia 5, quando a venda foi aberta. Nós não vemos a hora de olharmos diretamente para eles, um fenômeno tão inesperado e adorado, sem medo do que possa acontecer. Nós só queremos admirá-los.

(Foto: Avenged Sevenfold em São Paulo [2011]/Cauê Moreno)
No dia inicial das vendas dos ingressos, muitos fãs reclamavam por a banda ter confirmado oficialmente em cima da hora sua vinda e também o fato de os preços terem sido divulgados algumas horas antes de o site liberar a compra. O dia foi de intensa ansiedade dos fãs, que não viam a hora de poder adquirir um ingresso para o melhor setor do local. 23h55 e as publicações na página do Deathbat Brasil no Facebook contavam os minutos e agitavam a todos, que já estavam com o site da Livepass, vendedora oficial dos ingressos para os shows de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, aberto no navegador. 23h57 e a página de venda do Avenged Sevenfold foi atualizada, muitos já conseguiram comprar o ingresso. Não demorou muito até o site congestionar, como já era de se esperar, pela quantidade de fãs paulistanos que estavam loucamente atrás de um bilhete para o show. Enquanto uns compravam, outros reclamavam dos preços altíssimos. “Mas como assim, Premium em SP está custando R$420 enquanto em Porto Alegre encontramos por R$209?”, diziam nas redes sociais. A opção de meia entrada estava disponível para estudantes e idosos, o que acabou consolando muitas pessoas que não tinham dinheiro para comprar um ingresso com o preço inteiro.

Dias se passaram e os bilhetes para os setores Mezanino e Pista Premium se esgotaram de vez. Pouco tempo depois, os da Pista Comum acabaram. E agora? E quem não conseguiu comprar? A banda logo apresentou uma solução. Sempre preocupados com os fãs, eles resolveram fazer um show extra em São Paulo no dia 20 de março. Mesma produtora, mesmo local, mesmo preços. Como disse Synyster Gates ao UOL, “não há público como o brasileiro”, (referindo-se ao amor dos fãs que os cinco sentiram quando se apresentaram no Rock In Rio). E, para eles, realmente não há – nós verdadeiramente somos malucos fanáticos e fazemos de tudo para vê-los de perto.

(Leandro Agh no show de 2008 no Brasil )

“A cada show que vou deles vejo um A7X evoluído”, diz Cauê Moreno. “Adoro as apresentações deles, desde os efeitos no palco até a interação com o público”, conta. Já Leandro Agh, que não perdeu nenhum dos shows da banda pelo Brasil desde o início, a fama é merecida: “Todas as vezes que vieram ao Brasil, eu estava lá. Fui em 2008, no Citibank Music Hall, em 2010, no festival SWU e em 2011, no antigo Credicard Hall. Acho que será diferente em dois aspectos, além do setlist. Será uma produção maior de palco e terá muito mais gente do que nos outros anos”, afirma. E quem nunca fez loucura pelos seus ídolos? Marília Magalhães e Juliana Fernandes Borges também foram ao Credicard Hall em 2011 e ambas disseram que o Avenged Sevenfold sempre surpreende. “Quando eu soube do show em 2011, já estava completamente apaixonada pela banda e comprei o ingresso o mais rápido possível. Fui sozinha, mas não me importei. Eu queria ver essa banda tocar a todo custo”, falou Juliana, que encontrou amigos da internet na fila e passou para trás o nervosismo de estar sozinha. Marília ainda acrescenta que mora a 6 horas da capital paulista e não conseguiu garantir a Pista Premium, mas, de qualquer maneira, teve o sonho realizado. “A apresentação não poderia ter sido melhor! Um show somente deles, com direito ao tributo Fiction para o saudoso The Rev e a saideira com a longa e perfeita Save Me. Na minha visão, deram tudo de si, e surpreenderam aos fãs que tanto almejavam àquilo”, contou à redação do Deathbat Brasil.

Por falar em The Rev, assim como Leandro, Mariana de Andrade também foi ao show de 2008 que, nas palavras dela, “foi o melhor e histórico: o único com o Rev que tivemos”. Fã da banda desde 2006, recorda que este show só aconteceu devido à grande movimentação dos fãs e que mesmo não sendo famosos (na época), deram o melhor de si, mesmo que quem estivesse lá, acompanhando, não fosse “fã de verdade”.

Mas divertida é a história do Pablo Augusto, de 19 anos. Ele a apresenta como “a história de que é bom ter bons amigos”. A união de três amigos seus e a pressão que os caras fizeram para que ele fosse ao show do SWU, em 2010, resultou na maior faxina vista em sua casa. Após dias tentando convencê-lo a ir, estava Pablo na Lan House que Lino – um de seus amigos – trabalhava. O amigo Gambine chega anunciando que tinha ingresso sobrando. Só que Pablo ainda não trabalhava. Já contei da faxina? Ao chegar em casa, sua mãe se surpreendeu com o ocorrido e logo perguntou “O que você quer?”. Ainda preciso dizer? De presente, ele ainda recebeu a caravana dos amigos. História de amizade e de sorte também, pois o rapaz levará sua namorada para curtirem o show, deste ano, no Rio de Janeiro (RJ).

(Show do SWU. Da esquerda pra direita: Gambine, Diego e Pablo )

Mas não é tudo um mar de rosas. Muitas pessoas adeptas ao “reproduzo verbalmente tudo o que leio na internet” se dizem contra a banda e ofendem os integrantes sem argumentos consistentes. “Independente da opinião de qualquer um, A7X foi e sempre será uma das minhas bandas preferidas”, diz Jéssica Naur de Oliveira, que vai ao terceiro show. Raphael Padovani contou que muitas das pessoas que criticam a banda geralmente a comparam com Iron Maiden e Metallica. “Já me disseram que Avenged nunca seria uma verdadeira banda de rock como essas, o que é lamentável… Os caras são excelentes!”. Como a maioria dos fãs, eles também esperam uma mudança no setlist: “Agora eles estão mais maduros e acho que isso já os influenciou, musicalmente falando. Tenho certeza que os shows serão tão bons quanto o de 2010 e 2011, só quero que me surpreendam”, diz Jéssica

É com orgulho que escrevo este especial. Revisora do Deathbat Brasil desde 2013, estar em um ambiente onde posso compartilhar minha admiração e carinho por uma banda me é imensamente gratificante e, assim como esses fãs que nos deram depoimentos e todos os outros que não deram, eu, Ana Falchi, assim como vocês também estou muito ansiosa para os dias 12 e dia 20 de março. Fã desde 2008, a única vez em que os vi foi em 2011, de Premium. De longe, o melhor dia da minha vida. Essa banda me proporciona extrema felicidade, a qual não consigo colocar em palavras. A voz, as melodias, a guitarra, o baixo, a bateria… Inexplicável. Um sentimento que só nós, fãs, somos capazes de sentir.

DICA: Se você, assim como eu, pretende chegar pela manhã na fila (ou até mesmo de madrugada) para garantir um bom lugar dentro do Espaço das Américas, é ideal levar muita água e alimentos com carboidratos e nutrientes para aguentar o tranco (lanches comuns, com queijo, presunto e manteiga, são ótimas opções). Não se esqueça do protetor solar e opte por roupas confortáveis para curtir ao máximo esses dias que ficaram para sempre em sua memória.

Sinta-se à vontade! Compartilhe seu amor pelo Avenged Sevenfold com a gente.

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