Crítica do show do Avenged Sevenfold em Londres

Neil McCormick, do site inglês Telegraph, publicou uma crítica sobre o show do Avenged Sevenfold no último domingo (01) na Arena Wembley, em Londres. Leia abaixo a matéria completa:

(Foto: Chiaki Nozu/ WireImage)

Avenged Sevenfold é a nova estrela do Heavy Metal. O sexto álbum da banda, Hail To The King, alcançou o primeiro lugar nos dois lados do Atlântico, tornando a banda uma das quatro de Heavy Metal a chegar ao número um no Reino Unido. Todas as outras foram: Metallica, Iron Maiden e Black Sabbath. Curiosamente, se você pegar essas três bandas, acrescentar um toque especial do Hair Metal do Guns N’ Roses e misturar tudo isso com o entusiasmo americano do colegial, o resultado será exatamente como o Avenged Sevenfold. Julgando pelo impressionante show, o quinteto estará bem equipado para ser a atração principal pela primeira vez, no próximo verão, no Download Festival.

A banda se vestia de preta, assim como o público. Cada um sabia exatamente o que era esperado do outro. A forte multidão de 12.500 pessoas gritava, rugia, fazia saudações com dois dedos ao diabo, levantava o celular ao ar durante as baladas e cantaram junto durante os grandes refrões como “This Means War” e “Hail To The King”. A banda atingiu todo o clichê do rock pesado e do metal com calma. Eles empilharam bateria e baixo estrondosos, e notas separadas e unidas em exposições rápidas de trituração de guitarra. Os vocais passaram de rugido gutural, entregando letras de horror cômico debaixo de um modelo de crânio com asas de morcego gigante, enquanto rajadas de fogo explodiam ao redor deles.

Quando o tatuado cantor M. Shadows pediu “uma daquelas boas rodinhas de Londres”, os homens sem camisas começaram a girar e bater uns aos outros como em um efeito de um filme da blockbuster. As meninas nas arquibancadas olhavam com indulgência, preferindo talvez focar a atenção para as exibições do virtuoso guitarrista Synyster Gates (a banda não usa nomes reais, caso você não adivinhe).

Avenged Sevenfold tinha um entusiasmo ousado para todos os trapos mais óbvios do Metal, ainda que para as espadas satânicas e imagens de feitiçaria, não havia nada particularmente intimidante no seu set. Sua apresentação era de uma gangue alegre (a banda foi formada na Califórnia, em 1999), e apesar de alguns duros, lamacentos, riffs no estilo Metallica, eles tem um talento para melodias cativantes, harmônias de três partes e estrutura da música pop que levou a algum desprezo entre os fãs incondicionais do gênero.
Ás vezes, o Heavy Metal de gala da banda beirava o ridículo, mas se o barulho, músicas sobre culto ao diabo são o seu tipo, eles não são nada menos do que ridiculamente divertidos.