M. Shadows diz que quer que o Avenged Sevenfold se torne maior e melhor

O site sueco Skanskan conversou com Matt Shadows e publicou a matéria no dia 8 de novembro. O cantor abordou assuntos como o novo albúm e The Rev. Abaixo você pode conferir a matéria completa:

(M. Shadows no Hartwall Arena, Finlândia)

Avenged Sevenfold é uma das mais aclamadas e promissoras bandas de metal dos últimos dez anos, que lota arenas e vendeu milhões de cópias do seu último álbum, alcançando o topo das paradas merecidamente. Mas de uma certa forma, essa conquista tem um lado obscuro. Pouco antes do final de 2009, o baterista James ‘The Rev’ Sullivan foi vítima de uma overdose acidental, possuindo 28 anos de idade. A história de mortes jovens dentro do mundo do rock havia feito mais uma vítima. Mesmo assim, a banda terminou a turnê agendada. Entretanto, a crise estava longe de acabar.

Skanskan: “Gravar o atual álbum da turnê, Hail to the King, sem seu amigo de infância foi mais difícil do que poderiam imaginar?”
Shadows: “Sim.Claramente foi uma das mais difíceis que já fizemos. Inicialmente, não sabíamos como o nosso novo baterista iria se sair, mas havia também algo mais profundo nisso. Nós éramos amigos do Jimmy por 18 anos e conhecíamos ele por dentro e por fora, então o que aconteceu com ele foi muito triste. Ele sempre estará perto de nós e permanecerá em nossos corações.”

Matt disse que a ideia de seguir em frente após a morte de James e fazer outra coisa estava presente, mas foi deixada de lado. Quando os quatro membros restantes discutiram sobre o assunto, resolveram que a única coisa a se fazer era continuar e tentar de todas as formas deixar um grande legado musical. Agora, temos a conclusão do primeiro resultado destes esforços: Hail to the King, um álbum fortemente influenciado por bandas clássicas como Black Sabbath e Led Zeppelin.

Shadows: “Eu gostaria de dizer que este álbum é o mais baseado no ‘groove’ que nós já fizemos, letras com um ar de ‘blues’. Nós tentamos fazer algo que fosse sonoramente grande. Uma vez que, em geral, parece mais rock dessa vez.”

Skanskan: “E sobre as letras? O título ‘Hail to the King’ sugere que vocês escreveram sobre acontecimentos históricos?”
Shadows: “Falamos sobre diversos assuntos, mas em forma de imagens. Metáforas contando histórias, como se estivéssemos escrevendo sobre coisas como a religião, reis e rainhas, mas falando de outra coisa.”

Skanskan: “Essa foi a segunda produção de Mike Elizondo com vocês, mas queremos saber o porquê. Afinal, ele não é mais conhecido por trabalhar para artistas como 50 Cent, Dr. Dre e Eminem?”
Shadows: “Quando fizemos o último álbum, Nightmare, percebemos que ele tinha tempo e competência para produzir para uma banda de rock. Confiamos nele, ele é realmente bom. Além disso, ele cresceu em meio ao metal, bem antes de optar o hip hop.”

No momento, o Avenged Sevenfold está em seu décimo quarto ano como uma banda. As mudanças musicais foram muitas, mas em termos artísticos, a banda evoluíu. O fato dos dois últimos álbuns terem alcançado o número um na lista dos EUA, diz muito à respeito disso.

Shadows: “O que me faz mais feliz são os meus familiares e os meus amigos, mas o Avenged Sevenfold está lá como uma chama constante na minha cabeça, mas não estou satisfeito ainda. Quero que a gente se torne ainda maior e melhor, assim não haverá espaço algum para liberarmos músicas de qualidade duvidosa. É algo que todo mundo que está comigo tem que respeitar, então eu não vou fazer nada estúpido que possa arruinar isso.”

Skanskan: “Muitas bandas que se esforçaram para conquistar um avanço, dizem que é melhor esperar pelo sucesso do que ter sucesso imediatamente, para que nada atrapalhe. Você concorda com isso?”
Shadows: “Não poderia concordar mais! Sei que quando fizemos nosso primeiro álbum, disseram que não tínhamos nenhuma chance de fazer sucesso, mas nós sempre fizemos o que queríamos e o que nos agradava. Desde o início, tivemos um sentimento que se a gente agisse por conta própria, nada daria errado. Então, ir devagar é definitivamente a coisa certa.”