Especial Avenged Sevenfold no Brasil: Curitiba

Em sua quinta passagem pelo Brasil, o Avenged Sevenfold comanda uma gama de fãs infinitamente maior do que a existente na primeira vinda ao país, em 2008 e provavelmente essa seja a tônica deste especial sobre a Hail to the King Tour. Nesse especial, nós abrimos espaços para os fãs expressarem todo o seu amor por esses músicos que ficarão eternamente na memória – na nossa e na do cenário musical. Seja bem-vindo(a) ao mês da HTTK Tour no Brasil: se você não tinha planos para março, convidamos você a acompanhar o Especial HTTK Tour e a cobertura da turnê que você sabe, só poderia ser do Deathbat Brasil!

(Foto: Jéssica Garcia/Avenged Sevenfold em Curitiba [2011])
Oitocentos e sessenta e seis quilômetros me separam do Curitiba Masterhall, palco do show do Avenged Sevenfold na cidade de Curitiba(PR). Deve ser por isso que me sinto tão sem jeito em falar de um local em que nunca estive, mas acredito que existam dois tipos de pessoas quando falamos em distância e escrita: aquelas que não conseguem elaborar um discurso pois não se permitem desvendar o que seus dedos são capazes de produzir e aquelas que, como eu, se aventuram e tentam perceber como essa distância pode afetar a construção do que se diz.

Esquisitices à parte, enquanto responsável pela produção da cobertura do Especial HTTK Tour do Deathbat Brasil da região Sul e que contempla Curitiba e Porto Alegre, fico imensamente feliz em poder conversar com pessoas que compartilham desta paixão e carinho pelo Avenged Sevenfold.

Fato é que podemos concordar que as redes sociais facilitaram e muito a comunicação e que, quando utilizadas da forma adequada, esta pode construir laços de afeto e de troca de informações muito efetivas. E como o objetivo deste especial sobre Curitiba é falar com fãs que são da cidade ou que foram ao show na capital paranaense, precisei me utilizar das redes de contatos e desde já queria agradecer pelo papo pessoal!

A primeira pessoa que respondeu ao chamado para falar sobre o show foi a Jéssica Garcia que mora em Florianópolis. Ela contou à redação que acompanha a banda desde 2006 e que seu primo apresentou o som da banda, gostando de cara. Lembrando que neste ano o A7X estava deslanchando sua carreira com o sucesso de City of Evil (2005), que garantiu o disco de ouro à banda em janeiro de 2006. Para Jéssica, que em uma Deathbat tatuada na perna, o show de 2011 foi o melhor que já foi em sua vida. “Conheci muita gente na fila, fiz amizades que duram até hoje. Foi bastante emocionante também, pois fizemos homenagem pro Jimmy, com balões brancos na hora de ‘So Far Away’ e todos da banda estavam emocionados”, disse. Logo no final de nossa conversa de 140 caracteres, confessou que estava quase esquecendo do mais importante: “Consegui uma palheta do Gates que até hoje trato como a coisa mais valiosa da vida”.

(Foto: Valéria/Avenged Sevelfond em Curitiba [2011] )
A Valéria  Przysbeczyskique é de Curitiba mesmo, também conheceu a banda por volta dos anos dourados de City of Evil e descreveu o show como “simplesmente incrível”. Ela recorda que havia muita gente, que chegou a dar SOLD OUT (venda total) nos ingressos e que o dia foi recheado de emoções. Além da homenagem que Jéssica relatou. “Alguns fãs entregaram uma bandeira em homenagem ao The Rev, foi um momento marcante”, lembrou Valéria. E sortuda é o que podemos chamar a menina aí, pois ela conheceu a banda após o show, dizendo não ter palavras para descrever como foi este momento. Sobre isso, ela conta: “Todos são legais e queridos, porém acho que o Matt me surpreendeu, existem dois ‘Matts’, o do palco e o fora dele, pois no show ele tem toda aquela atitude e para com os fãs ele é super doce e atencioso”.

E nem só de doces momentos se fazem a vinda do Avenged, não para Karoline Malinoski. A jovem nos conta que infelizmente não poderá ir ao show, mas que tentará encontrá-los no aeroporto e hotel – o que sabemos ser comum, a Jéssica mesmo conseguiu isso – para recepcioná-los a sua cidade e desejar um bom show e mesmo assim, não desapontada caso não consiga, deixa um recado para os fãs que irão: “Só quero só dizer para quem vai que aproveitem MUITO, cada minuto, cada segundo, por que pode ser uma oportunidade única”.

E quando um sonho seu é tornado realidade? Essa é a pergunta que mais inquieta quando Emanuela Santinon lembra dos pedidos intermináveis que fez para sua mãe, que trabalha na produção do show em Curitiba. Ela diz que quando surgiu o anúncio da vinda do Avenged Sevenfold, Guns’n’Roses era um dos shows que seriam produzidos pela empresa em que a mãe trabalha e que de tanto insistir, dizendo o quanto seria bom que ela enviasse o projeto para trabalhar com sua banda preferida (Avenged) e a posterior aprovação deste, não sabia mensurar o quão feliz estava.

Loucura? As entrevistadas já perderam as contas de quantas vezes já disseram que elas deveriam estar fazendo coisa melhor ou ouvindo outros sons, mas ser fã do Avenged Sevenfold, para elas, não tem troca. Elas realmente assumem amar esses californianos – e eu aposto que você que está lendo não as deixa para trás, não é?

Para Patrícia Saramela, redatora do Deathbat Brasil, que é do Paraná, 2011 é uma marca em sua vida. A jovem conta que estava iniciando uma nova etapa neste ano: saindo de casa. Quando soube que haveria show do A7X em Curitiba, mesmo conquistando alguns passos de sua independência, sabia que seus pais não aprovariam que fosse sozinha, para outra cidade, para assisti-los. Decidiu não avisá-los. A aventura começou quando percebeu que não sabia como chegar e muito menos conhecia pessoas em Curitiba que pudessem ajudá-la. É neste momento que surge a excursão que um amigo seu estava organizando. Outros amigos foram se interessando em ir e isso a confortou. Só que nem tudo foi cômodo: a van pequena, não ter conseguido dormir e a ansiedade a acompanharam desde o momento em que pisou no veículo. Ela lembra que era quase 8:30 quando chegaram ao Curitiba MasterHall e a fila já virava o quarteirão. “Depois de algum tempo na fila, eu e mais algumas pessoas que estavam na van resolvemos ir almoçar em um shopping próximo, e lá decidimos que iriamos tentar descobrir onde a banda estava. Andamos cerca de 14km a pé até encontrar o hotel. Mas infelizmente quando chegamos, já era tarde e os meninos provavelmente já estavam se arrumando. O único membro da banda que eu vi foi o Shadows, que foi muito simpático e deu um ‘tchauzinho’ para os fãs que estavam no hotel. Mas também vi alguns membros do crew, como o Dan (Abell) e o empresário da banda, o Larry (Jacobson)”, nos contou.

(Foto: Patrícia Saramela/Avenged Sevenfold em Curitiba [2011])
Patrícia disse-nos também que preferiu comprar ingresso para camarote, pois sempre que vai aos shows em pista é quase esmagada e desta vez queria aproveitar o show. Sorte a sua que ficou bem de frente para o palco, na lateral esquerda, onde Zacky fica. “O show foi simplesmente maravilhoso, quando a banda entrou no palco, nem podia acreditar que eles realmente existiam”, relata. Emocionada, diz que por mais de uma vez, o vocalista M. Shadows acenou para o pessoal dos camarotes, o que a deixou “ainda mais apaixonada pela simpatia dele”. Mesmo não tendo conseguido pegar a palheta de Synyster Gates, Patrícia guarda de lembrança a garrafa d’água que Zacky a jogou (garrafa da qual, a poucos instantes, ele tinha tomado). Lembra também da simpatia de Arin que, ainda novo na banda, foi conversar com alguns fãs ao final do show. Só lamenta não ter conseguido tirar foto com ele pois haviam muitos seguranças ao seu redor.

Sobre as expectativas, como a Patrícia mesmo recorda, “só caiu minha ficha quando acordei e vi a camiseta e a pulseirinha do camarote jogadas do lado da cama”, lembre que talvez você não seja o único a estar esperando pelo show, pois é consenso entre os fãs que já foram que eles esperam a mesma energia de sempre no palco, “porque isso é o que mais me surpreende nos shows”, diz Jéssica. Além é claro que “eles curtam o público como curtiram em 2011” e isso vale para todas cidades, portanto aproveitem ao máximo!

Vladimir Maiakóvski, poeta e dramaturgo do século 20, tem um poema muito interessante e que se encaixa perfeitamente para encerrarmos esse especial:

“Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.”

DICA: Se você, pretende chegar pela manhã na fila (ou até mesmo de madrugada) para garantir um bom lugar dentro do CURITIBA MASTERHALL, é ideal levar muita água e alimentos com carboidratos e nutrientes para aguentar o tranco (lanches comuns, com queijo, presunto e manteiga são ótimas opções). Não se esqueça do protetor solar e opte por roupas confortáveis para curtir ao máximo esses dias que ficarão para sempre em sua memória.  E vale sempre lembrar:

CURITIBA MASTER HALL
Abertura da casa: 19h
Início previsto do show: 22h
Ingressos ainda podem ser adquiridos aqui.

ATENÇÃO: a classificação etária do show é 16 ANOS, portanto se você tiver 14 ou 15 anos só poderá entrar na casa de shows com seus pais ou um responsável legal (maior de 21 anos) e que tenha autorização registrada em cartório e ambos devem ter documento de identificação com foto (carteirinha de estudante ou biblioteca não vale). Se tiver 12 ou 13 anos só entra com os pais, sem exceções! E menores de 12 anos não entram.

Veja também de Curitiba:

Cobertura do show em 2011

Especial shows do Avenged Sevenfold no Brasil:

São Paulo
Rio de Janeiro
Porto Alegre