“Será uma honra tocar no Rock in Rio”, diz M. Shadows ao Folha de S. Paulo

M. Shadows falou com o jornal Folha de S. Paulo especialmente sobre o Rock in Rio, ainda sobre comparações do atual disco Hail to the King e possíveis shows em 2014 no Brasil. A entrevista foi realizada há dias atrás e publicada somente neste domingo (22). Confira a matéria na íntegra:

A banda norte-americana Avenged Sevenfold, que já visitou o Brasil em 2008, 2010 e 2011, retorna ao país para tocar neste domingo (22), último dia do Rock in Rio, na mesma noite de Iron Maiden e Slayer.

Os músicos celebram a ótima fase de seu novo álbum, “Hail to the King”, que chegou ao 1° lugar na “Billboard Top 200″ neste ano.

Em entrevista à Folha, o vocalista M. Shadows contou que tocar no Rock in Rio sempre foi uma obsessão da banda desde o começo de carreira.

Folha – Como você se sente em tocar no Rock in Rio pela primeira vez?
M. Shadows – Todas as vezes que visitamos o Brasil para uma turnê nós sempre conversávamos e perguntávamos para as pessoas de como seria tocar no Rock in Rio, pois sempre foi uma obsessão para a banda chegar ao nível de se apresentar em um festival desse porte. Quando os promotores chegaram e falaram da proposta, analisamos friamente e vimos que estávamos preparados para o desafio. Será uma honra tocar no Rock in Rio.

Vocês vão tocar no mesmo palco que o Slayer e o Iron Maiden. Sentem uma pressão maior por causa disso?
Não, claro que não. Fizemos uma turnê recentemente com o Iron Maiden e fomos muito bem recebidos por todos, além, é claro, de gostarmos muito da banda e respeitá-los como artistas. Sei que muitas bandas têm problemas abrindo para o Iron Maiden, mas nesse dia o Rock in Rio será muito divertido. O Slayer também tem uma base de fãs muito forte e nunca tivemos problemas. Será uma grande noite para o metal.

E quais outras bandas você quer assistir no festival?
Eu queria assistir todo mundo, na verdade pretendo ver o show do Metallica e do Ghost, porém na nossa noite certamente vou ver todo mundo, principalmente o Iron Maiden que sempre faz um show especial.

Sobre o repertório, li que vocês pretendem misturar os clássicos com as músicas mais recentes. Terá músicas do novo disco?
Sim, mas o repertório terá mais músicas antigas. Nós não somos uma banda que força colocar músicas novas no show. Queremos deixar as pessoas felizes em um festival e, se elas querem os clássicos, é claro que os daremos.

O Avenged Sevenfold já teve bateristas como The Rev e Mike Portnoy. Com o posto vago, o músico Arin Ilejay foi chamado para ocupar a vaga. O que ele trouxe de novo no som da banda?
Arin Ilejay é um garoto novo, com muito potencial. Ele tem um ‘groove’ sensacional e também sabe tocar rápido quando necessário. Era exatamente disso que a banda precisava, ou seja, de novas idéias, de uma pessoa que entendesse perfeitamente a sonoridade do Avenged Sevenfold e trouxesse aquela energia que precisávamos.

Por qual motivo Mike Portnoy não ficou na banda depois de “Nightmare”?
Mike sempre esteve envolvido com vários projetos e ele é uma pessoa mais velha que a gente, conseqüentemente algumas idéias não batiam. Ele é um gênio na bateria, uma pessoa maravilhosa, mas agora ele tem o The Winery Dogs e está indo muito bem. Sinto que ele realmente está feliz nessa nova empreitada.

Muitos estão dizendo que “Hail To The King” é o “Black Album” do Avenged Sevenfold, já que possui sonoridade semelhante e é o mais maduro da banda. Vocês pensaram nisso quando estavam compondo ou foi algo saiu natural?
Não pensamos nisso, na verdade, não concordo muito quando comparam esse disco com o “Black Album”, talvez as pessoas digam isso porque encontramos nossa marca e estamos mais maduros realmente. Os fãs têm adorado o trabalho e tenho visto muitas boas criticas em relação ao novo álbum. Sempre terão aquelas pessoas que preferem discos mais antigos em comparação com os novos, é natural dos fãs.

Além do Rock in Rio, vocês pensam em se apresentar em outras cidades no Brasil?
Em 2013, infelizmente ainda não. Talvez a gente volte em 2014, mas não temos nada confirmado e não queria alimentar a idéia de uma turnê. O que desejo é que os fãs fiquem felizes com a apresentação do Rock in Rio com toda sua força.